16 de dez. de 2010

Coração de vidro

De meu coração de vidro emergiu uma flor
Não era cristalina, como se era de esperar
Trazia um rubror que espantava
Escondendo a face
Talvez por vergonha de estar despida
O meu coração preocupado
Taquicardico, desesperado
Palpitava, palpitava...

De uma doçura envolvente
Sorriu me mostrando os dentes
E com ele o mundo se iluminou
Habita nesse peito nova cor

11 de dez. de 2010

Bailarina

Em algum lugar perdido
está o sabor dos teus labios
do toque macio de tua pele
dos castanhos olhos que me dominam

Do farfalhar de teus cabelos
A bailar no meu corpo
Me desatina o juizo
me torna mais um refem, louco
desse casto e diabolico nectar que desprendes
ao poucos

Ao sorver deste céu
me vejo a beira de um abísmo
Donde me jogo seguro
que estaras a curar minhas feridas

em luto

1 de dez. de 2010

Tapa


Dizes que te calas
Por minuto, Hora basta
Em poucas horas teima
Eu cá estou
Calado a vida inteira

Minha rebeldia
Esse discurso
Diz-me que sou louco

Louca és tu
Que acreditas em sonhos D'ouro
Dessa perfeição de teu teatro de marionetes
Foge e protege
Dessa sombra imunda e hipócrita que te veste

24 de nov. de 2010

Ensaios antropofágicos IV

Um dia  me perguntaram porque minha poesia é dolorida
respondi porque é de dor feita a vida dos seres humanos
de dores que cortam a carne e esfacelam os ossos
que apesar de por muito superadas, deixam cicatrizes
que nos remetem a mesma dor

Me diserram que é tão mais facil falar de amor
Das coisas bonitas da vida, da aurora, do orvalho, do sol
Me lembro que a noite sou eu
Com todas a luminescências sotunas
Com todos os gritos escondidos
Com todas as sobras
Com todos os sonhos aprisionados
Em jaulas enferrujadas
Nos desencorajam a ser nós

Os fragmentos desse coração
Por muito dileçarados
desse desamor contente...

23 de nov. de 2010

Mariana Aydar, Palavras não falam

"Eu não escrevo pra ninguem
e nem pra fazer musica
e nem pra preencher o branco
dessa pagina linda
e ne entendo escrevendo
e isso falo sem vaidade
só têm eu e esse braco"
que me mostra o que eu não sei"


lindos Versos da Mariana Aydar

18 de nov. de 2010

Ensaios Antropofágicos II


                                                                                    Sai do claustro das caixas empoeiradas de minh'alma
Libertei-Me da neblina tênue que me paralisava
Acordei do sono torpe, que menti a mim mesmo

Os grilhões ainda estão aqui
As dores apesar de negadas ainda estão aqui
A noite ainda faz parte de mim


Me descubro cantante,
D'onde a tristeza é só uma palavra
D'onde o claustro ainda na memoria
São imagens já esbranquiçadas
Do passado que eu não quis ter
Do futuro que me reluta 
Da paz que um quero ter
Das dores ainda guardadas

15 de nov. de 2010

Ruptura

Estou cansado dessa maresia
De sua hipocrisia
Desse bando de abutres ao  meu redor

Vou me jogar
Como a bala ao vento cortar
Pra quem sabe um dia despertar

Naufrago do meu ser
Perdido em vãs repetições
O elogio da minha loucura
Que me desfigura
Em fractais decepções

Ensaios Antropofágicos

A voz embarga
A cabeça silência
Como pode tanta desgraça
Como pode tanta sala vazia

E no peito aflito, bate um ser
Impotente e sofrego
A sua dor é como grito que ecoa
N'alma dos sem corpo
Sem coração

7 de nov. de 2010

O ser Ator

Desde criança me ensinaram que Homens não choram
Ao me lembrar disso em frente ao espelho eu chorei
Me ensinaram que é feio rir dos mais velhos
E ao me lembrar disso em frente ao espelho gargalhei enlouquecidamente
Me disseram que eu não devia cantar
E em frente ao espelho com microfone em mãos eu cantei
Me disseram que eu não sabia pintar
E com minha aquarela pintei um lindo céu azul
Me disseram que eu não podia ser ator
E eu subi em um tablado e atuei
Me disseram que eu não sabia escrever
Hoje escrevo lindas canções e sonetos
E no fim, subo nesse palco
E na cabeça a incerteza do aplauso
Canto esses simples versos pra vocês
Levando no peito uma unica certeza
Que nessa ou em outras vidas
Por dom ou por esforço
Um dia eu ei de ser tão grande quanto meus sonhos

Por: Adan Costa

30 de out. de 2010

Amigos

"Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos."
Clarice Lispector

Parafraseando a inesquecivel Clarice, irmãos que escolhemos a compartilhar momentos inesqueciveis, pela dor ou pelo amor, casamos e divorciamos inumeras vezes ao longo dessa eterna caminhada.
Nostalgica sempre é a sensanção de não ter vivido a plenitiude de cada momento, sempre teriamos feito diferente ou melhor, sempre inconformados, sempre tão HUMANOS.

14 de fev. de 2010

Faz parte do meu MUNDO

     Sempre tive a sorte de ter por perto pessoas que conpartilharam um pouquinho de suas vidas comigo, fiz grandes amigos, sorri de coisas absurdas, e chorei por coisas mais absurdas ainda....

     Sou um ser humano, acho que normal, tenho a sensação que nasci na decada errada, sou  tão vintage pra 21, cultuo as boas amizades, elas são as melhores coisas que podemos levar desse mundo, boa musica, classicas, modernas, musicas...

     Que reflitam naquele instante as emoções que esteja vivendo, posso me divertir com "eu não sou cachorro não" ao lembrar de um professor do ensino médio que adorava essa musica.

     Musica...
    Refletem um pouco de nossa personalidade, do que somos e do que queremos ser...

    Da rebeldia rocker das decada de 50 e 80, aos rebuscados aranjos da decada de 20, ou mesmo
o simplista aranjo das agua da março que inundam os corações de todos os apaixonados pela bossa nova,
na minha estante musical estão enfileiradas diversas bandas que embalaram essa minha curta vida de longas estórias....