26 de ago. de 2011

Quereres

já quis ser invisível
já quis ter super poderes
já quis poder voar

já quis ser grande
já quis ser pequeno
já quis como os peixes nadar

já quis ser alegre
já quis aprender, apreender
já quis me libertar

desses quereres o primo
latente
já quis sobre a noite eterna deitar.

22 de ago. de 2011

haicai sem nome

em teu rosto claro
são tantas meias verdades
máscaras de seda

(adancosta)

Ilusão de ótica

não sei se certo ou errado, simplesmente sigo
catando meus pedaços pelo chão
com meus pés sangrando,
descalços de medo.

sigo as setas, as retas, as vias,
contos os semáforos nas esquinas,
os pedintes de afeto, as sarjetas onde estive jogado
sigo com o sinal fechado, pedindo atenção.

doce ou amargo,
delicado ou áspero,
meus óculos, ilusão de ótica.

minha verdades foram perdidas em ruas ermas
onde não quero torturar meu coração á voltar
simplesmente sigo
sem saber onde vou parar.

haicai da doçura

Menina de asfalto
Sandálias sujas nos pés
Cabeça nas nuvens

(adancosta)

Sexo frágil

não usamos maquiagem
mas, vestimos mascaras
não usamos cintas, usamos armaduras

de tão duros e pseudo fortes
só choramos quando vemos a morte
isso, quando nossas lagrimas já não estão petrificadas

Engolimos sem água os machimos ensinados por nossas mães
HOMO, HETERO, BI, METRO, PAM
poucas letras
muitos tabus, muitas hipocrisias


tratamos ou outros com frieza, com vileza
culpamos Darwin por esse excesso de competição
nos mostramos grandes, opulentos,
no fundo tão frágeis como castelo de cartas.