18 de nov. de 2010

Ensaios Antropofágicos II


                                                                                    Sai do claustro das caixas empoeiradas de minh'alma
Libertei-Me da neblina tênue que me paralisava
Acordei do sono torpe, que menti a mim mesmo

Os grilhões ainda estão aqui
As dores apesar de negadas ainda estão aqui
A noite ainda faz parte de mim


Me descubro cantante,
D'onde a tristeza é só uma palavra
D'onde o claustro ainda na memoria
São imagens já esbranquiçadas
Do passado que eu não quis ter
Do futuro que me reluta 
Da paz que um quero ter
Das dores ainda guardadas

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