18 de dez. de 2015

I need to be alone ...



Preciso ficar só,
E não precisa ser por cem anos,
Muito menos cem minutos,
Talvez pelo tempo de uma vaga,
Ou pelo tempo de quem se despede de um ente.

Preciso ficar só,
Pelo tempo de quem arruma a casa depois de um terremoto,
Ou pelo tempo de que fía rendas para o rei

I need to be alone ...
Só isso.

12 de nov. de 2015

super o quê ?

O Homem metamorfoseou-se em barata, em célebre livro de Kafka. O cinema e os quadrinhos encheram nosso fantasmático com homens aranhas, libélulas, formigas e toda sorte de insetos. Fico às voltas para entender, porque insetos e não simplesmente homens e mulheres ?
Já nos acostumamos às atrocidades do bicho homem. Às vezes parece que e melhor solução para a sociedade seria uma involução, voltaríamos a ser nômades e socialmente cooperativos.
Somos educados para viver em uma sociedade de consumos avassaladora, todos os dias surgem novas marcas nos outdoors do centro, os restaurante de luxo cada vez mais vazios.
O Homem que revira o meu e o teu lixo, seria o super o quê ?

27 de out. de 2015

sem título

nada ao avesso,
eu que eventualmente preciso me perder pelas esquinas
perambular pelas calhas, calles
atravessar esse deserto humano
deixar meus cabelos ao vento
cachos, ondas, maresias embaladas sem pressa
o sol lentamente tinge a minha pele
e enche a casa toda de sombras.

10 de set. de 2015

ato I


Se fosse simples, caminhar por essas ruas vagas
Andarilhar sem rumo,
Calcar essas verdades impregnadas em  todas as minhas peles
Coisa de peixe, cordial suicida
Convite com letras pomposas,
Arpões, dilacerantes
Esses dias se arrastam, e me fixam à cama
Como rejunte já amarelecido,
Sinto essas fragilidades febris

Meus ossos não sustentam nem minha ânima.

15 de abr. de 2015

Chuva, sobrinhas e cafeína

Décimo Sexto Dia
15 de abril de 2015
Chuva, sobrinhas e cafeína

O dia começou cedo, tive alguns pesadelos, acordei assustado, o engraçado é que  não consigo lembrar com nitidez de nada, as coisas estão nebulosas, o céu e minha cabeça andam cheios de nuvens.
Choveu o dia inteiro, as ruas aqui por perto ficaram alagadas, alargadas, povoadas pela valsa das sombrinhas, pelos balés equilibrista, pelas vidas na corda bamba, outro dia assaltaram uma grávida na esquina aqui de perto, saio a partir de hoje com medo de não voltar no fim do dia.

Volto a me sentir melancólico, tomo o ultimo gole de café, arrumo minha cama, me dispo das preocupações do dia seguinte, chove por vinte e três minuto sobre minha cabeça, e escrevo o ultimo parágrafo desse diário.

9 de mar. de 2015

sem título

cova rasa
cravo branco
cravo o dente, ciso
na carrne oficina
crivo de não
amor, terço
carnificino
adan costa
2015